A BELEZA NUNCA É TRISTE*
Nem os postiços
nem as lembranças
belas
Que é só o mar
no bater das ondas
a tomar o seu banho
nada para desmerecer
as almas
engolidas pela espuma
E se ente soldado é defunto
até voltar da guerra
Tchipa ressuscitou o mundo
na saudade que canta
na frente da chama
cá na mata, a vida é bela, mamã**
mesmo aos olhos do fado
“a beleza nunca é triste”.
Gociante Patissa, Benguela, in «Guardanapo de Papel», 2014, pág. 13. "NósSomos". Vila Nova de Cerveira, Portugal (poema escrito a 27.11.2011)
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* O título do poema deve-se à fadista portuguesa Celeste Rodrigues, em entrevista à televisão, em 2011.
**Jacinto Tchipa, músico angolano – Cartinha da Saudade – (década de 1980)
Foto: Fadista portuguesa Celeste Rodrigues (1923 – Lisboa, 1 de agosto de 2018), in TV7Dias
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