A cinco jornadas do fim do campeonato, o presidente do 1º de Maio de Benguela, o empresário Nelito Monteiro, despediu o técnico, Paulino Júnior, por ter dito em entrevista à Rádio5 que "se o presidente do clube não se solidarizar mais com a equipa, o Maio vai descer de divisão". O desabafo surge também em função do atraso salarial (mês e meio, segundo o presidente).
Chamado a ocupar o lugar, o treinador adjunto, Diniz, recusou a proposta, solidário ao seu colega. A mesma reacção teve o responsável pelos guarda-redes, Kasuku Malaji. Pelo menos por um dia, os jogadores faltaram aos treinos. O vazio acabou com a apresentação de Fussu Nkosi (21/09), que outra vez na história do Clube da Rua Domingos do Ó surge como "bombeiro". Para adjuntos, tem um técnico das camadas de formação e o guarda-redes da equipa sénior no papel de treinador dos homens da baliza.
Chamado a ocupar o lugar, o treinador adjunto, Diniz, recusou a proposta, solidário ao seu colega. A mesma reacção teve o responsável pelos guarda-redes, Kasuku Malaji. Pelo menos por um dia, os jogadores faltaram aos treinos. O vazio acabou com a apresentação de Fussu Nkosi (21/09), que outra vez na história do Clube da Rua Domingos do Ó surge como "bombeiro". Para adjuntos, tem um técnico das camadas de formação e o guarda-redes da equipa sénior no papel de treinador dos homens da baliza.
O que soa caricato é o presidente dizer, em entrevista à Rádio Ecclesia, que a solidariedade do técnico adjunto para com o seu colega, que se traduziu em rejeitar a proposta de substituição, "foi uma cobardia". Seria gesto de coerência ou cobardia, senhor presidente? Para Nelito Monteiro, Diniz devia prestar solidariedade à equipa, que são miúdos que precisam de acompanhamento e não ao colega despedido.
O desabafo de Júnior, no calor do empate com o Progresso do Sambizanga, abriria um precedente forte, justificando-se por isso o despedimento, "não pelos resultados mas pelos pronunciamentos". O presidente, diz ainda, não é obrigado a andar próximo da equipa, nem sentar-se ao banco, por ter coisas mais prementes do Clube com que se preocupar. Para acompanhar a equipa de futebol tem indicada uma pessoa, Rui Araújo, o "eterno" vice-presidente. "Nós nunca interferimos no trabalho do técnico, e não podemos admitir que interfira no trabalho da direcção", realça.
Alguns sócios pedem a realização de assembleia para renovação de mandatos, numa altura em que o 1º de Maio beira a despromoção. O presidente não se opõe nem perde oportunidade de mandar recados. Chega mesmo a dizer que deviam preocupar-se em trabalhar mais do que exigir assembleias.
Gociante Patissa, Benguela
Gociante Patissa, Benguela
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21-09-2011 16:36
Futebol
1º de Maio apresenta novo técnico, após demissão de Paulino Júnior
Benguela – A direcção do Estrela Clube 1º de Maio de Benguela apresentou terça-feira o novo treinador da equipa principal de futebol, Fusso Nkosi, que chega com a missão de conduzir os “proletários” na fase derradeira do Girabola2011.
A contratação de Fusso Nkosi, antiga estrela do 1º de Maio de Benguela, foi anunciada à margem da primeira sessão de trabalho do plantel. Além do treinador, o clube apresentou Walter Augusto e Martinho Quintas como adjuntos.
O novo técnico foi apresentado após uma crise entre o ex-treinador, Paulino Júnior, e o presidente do clube, António Manuel Monteiro, gerada por ter reclamado publicamente de mais apoios, depois do jogo contra o Progresso do Sambizanga, na 25ª jornada.
A demissão foi oficializada pelo presidente do 1º de Maio de Benguela, após uma reunião segunda-feira para analisar as declarações de Paulino Júnior, que davam conta de alegada falta de atenção à equipa principal e os riscos de despromoção.
Entretanto, o vice-presidente para o futebol do 1º de Maio de Benguela, Rui Araújo, assegurou que estão criadas as condições organizativas, para que a nova equipa técnica trabalhe sem sobressaltos.
O dirigente desportivo disse esperar que essa mudança não crie um ambiente anormal no balneário do emblema da rua Domingos do O.
O 1º de Maio de Benguela ocupa a 11ª posição da tabela classificativa do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, com 29 pontos.
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