Mais uma história incomum de vida foi descoberta pela rubrica “Nossa Homenagem, um reconhecimento às pessoas pelo seu exemplo de sucesso”. Ela nasceu e reside na cidade de Benguela, atende pelo nome de Deolinda Gaspar Simão, e costuma surpreender pela afeição que tem pelo futebol, ombreando com qualquer homem, quer nos bastidores, quer no ajuizamento de jogos.
«Eu já venho gostando de desporto, no seu geral, há um bom tempo. Mas, desde o mundial de 1998, aprofundei-me muito mais para esse lado mesmo, que é o futebol. Comecei a gostar, a praticar, estou agora a apitar também. Quer dizer, tudo relacionado mesmo ao futebol», conta.
Deolinda Gaspar Simão é estudante, escuteira e professora. Mas é no futebol que vive o maior desafio na vertente da arbitragem.
«Diz-se categoria provincial. Fazemos jogos de iniciados, juvenis, juniores e seniores. Tive agora uma grande bênção, fui promovida para a 2ª divisão. E quero continuar a trabalhar, chegar até à primeira divisão e, quiçá, a árbitra internacional, que são alguns dos meus objectivos, e continuar a aprofundar os meus conhecimentos», salientou.
Alguma vez esteve envolvida em situação de violência, ainda que indirectamente, por algum erro cometido enquanto árbitra? «Olha, é muito complicado e é muito difícil! Principalmente quando a equipa de casa (ou mesmo a de fora) perde, praticamente as culpas recaem sempre quase todas sobre nós. Por acaso já estive em várias situações assim, mas acho que a maior parte dos jogos correram bem, soube, com um ou outro erro, levar o jogo avante».
E será que alguma vez praticou futebol? «Já. Já joguei no “Peixe Cuio”, que agora é “Águias Vermelhas” durante uma temporada, joguei também no “Andorinhas” ou “Amiguinhas” (já não me recordo o nome), durante uma temporada e meia».
A inclinação para o desporto foi uma surpresa em casa, e só mesmo com o tempo Deolinda conseguiu conquistar o apoio dos pais. «Olha, a princípio foi muito difícil, principalmente quando comecei a jogar, e comecei a gostar muito dos jogos, às vezes faltava às aulas para ver jogo ou jogar, mas o tempo foi passando e foram-se acostumando. Acredito que o importante é que cada um tenha que fazer aquilo lhe faça feliz, aquilo que bem quer, desde que não fira a sensibilidade de ninguém».
Determinada, Deolinda Simão consegue conciliar o desporto e a formação académica. «Eu estou a fazer o terceiro ano da faculdade, estou a seguir o curso de economia, embora não seja o meu grande sonho (porque eu quero mesmo continuar a fazer o superior de educação física). E sou professora também de educação física, há já dois anos».
Para além disso, ainda encontra forças para outros compromissos sociais. «Sou escuteira há já quase 11 anos e sou presidente da associação ACASO (Causa Social). Temos como fim recolher alguns donativos para oferecer aos mais desfavorecidos. A associação é americana, nós somos a primeira filial cá em Angola, e precisamente em Benguela».
Deolinda Simão resume os problemas da juventude em duas fragilidades. «São a falta de escolaridade e a falta de emprego. São problemas sociais muito graves e são mesmo eles que levam a nossa juventude a se misturar em coisas que não têm nada a ver; vemos aí casos práticos como guerras de garrafas, lutas, um montão de confusões».
Estudante, escuteira, professora, responsável de ONG, e árbitra de futebol. Deolinda Simão leva uma vida literalmente ocupada. Será que ainda sobra tempo para lazer a que tem direito?
«De facto tenho sentido falta de um bocadinho de tempo, relaxe, principalmente ao fim-de-semana. É o único tempo que tenho para ficar com a minha família, mas tem as saídas: jogos de manhã, aos sábados tenho que ir à formação de escutismo, se calhar tenho um encontro ou outro, e fica realmente um bocadinho apertado. Mas eu gosto de viver assim, acredito que ocupação é menos preocupação».
«Eu já venho gostando de desporto, no seu geral, há um bom tempo. Mas, desde o mundial de 1998, aprofundei-me muito mais para esse lado mesmo, que é o futebol. Comecei a gostar, a praticar, estou agora a apitar também. Quer dizer, tudo relacionado mesmo ao futebol», conta.
Deolinda Gaspar Simão é estudante, escuteira e professora. Mas é no futebol que vive o maior desafio na vertente da arbitragem.
«Diz-se categoria provincial. Fazemos jogos de iniciados, juvenis, juniores e seniores. Tive agora uma grande bênção, fui promovida para a 2ª divisão. E quero continuar a trabalhar, chegar até à primeira divisão e, quiçá, a árbitra internacional, que são alguns dos meus objectivos, e continuar a aprofundar os meus conhecimentos», salientou.
Alguma vez esteve envolvida em situação de violência, ainda que indirectamente, por algum erro cometido enquanto árbitra? «Olha, é muito complicado e é muito difícil! Principalmente quando a equipa de casa (ou mesmo a de fora) perde, praticamente as culpas recaem sempre quase todas sobre nós. Por acaso já estive em várias situações assim, mas acho que a maior parte dos jogos correram bem, soube, com um ou outro erro, levar o jogo avante».
E será que alguma vez praticou futebol? «Já. Já joguei no “Peixe Cuio”, que agora é “Águias Vermelhas” durante uma temporada, joguei também no “Andorinhas” ou “Amiguinhas” (já não me recordo o nome), durante uma temporada e meia».
A inclinação para o desporto foi uma surpresa em casa, e só mesmo com o tempo Deolinda conseguiu conquistar o apoio dos pais. «Olha, a princípio foi muito difícil, principalmente quando comecei a jogar, e comecei a gostar muito dos jogos, às vezes faltava às aulas para ver jogo ou jogar, mas o tempo foi passando e foram-se acostumando. Acredito que o importante é que cada um tenha que fazer aquilo lhe faça feliz, aquilo que bem quer, desde que não fira a sensibilidade de ninguém».
Determinada, Deolinda Simão consegue conciliar o desporto e a formação académica. «Eu estou a fazer o terceiro ano da faculdade, estou a seguir o curso de economia, embora não seja o meu grande sonho (porque eu quero mesmo continuar a fazer o superior de educação física). E sou professora também de educação física, há já dois anos».
Para além disso, ainda encontra forças para outros compromissos sociais. «Sou escuteira há já quase 11 anos e sou presidente da associação ACASO (Causa Social). Temos como fim recolher alguns donativos para oferecer aos mais desfavorecidos. A associação é americana, nós somos a primeira filial cá em Angola, e precisamente em Benguela».
Deolinda Simão resume os problemas da juventude em duas fragilidades. «São a falta de escolaridade e a falta de emprego. São problemas sociais muito graves e são mesmo eles que levam a nossa juventude a se misturar em coisas que não têm nada a ver; vemos aí casos práticos como guerras de garrafas, lutas, um montão de confusões».
Estudante, escuteira, professora, responsável de ONG, e árbitra de futebol. Deolinda Simão leva uma vida literalmente ocupada. Será que ainda sobra tempo para lazer a que tem direito?
«De facto tenho sentido falta de um bocadinho de tempo, relaxe, principalmente ao fim-de-semana. É o único tempo que tenho para ficar com a minha família, mas tem as saídas: jogos de manhã, aos sábados tenho que ir à formação de escutismo, se calhar tenho um encontro ou outro, e fica realmente um bocadinho apertado. Mas eu gosto de viver assim, acredito que ocupação é menos preocupação».
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Recorde-se que a rubrica "Nossa Homenagem" é oferta do programa radiofónio de mesa redonda pela cidadania e saúde preventiva, "Viver para Vencer", uma produção da ONG AJS-Associação Juvenil para a Solidariedade, emitido às 3ªs feiras entre 17h-18h30 através da Rádio Morena Comercial para cobrir as cidades de Lobito, Benguela e Baia Farta (litoral da província de Benguela), Angola.
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Está ai mais um exemplo a seguir
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