terça-feira, 3 de junho de 2008

Morte rompe secretismo no 1º de Maio... Alhinho "abatido" por elevador do hotel M'ombaka dias antes de assumir comando da equipa técnica

Benguela, Sábado, 31/05/08. Carlos Alhinho já não vai treinar o Maio, faleceu no elevador do Hotel M'ombaka, que está sob gestão da Maboque, do Grupo César e Filhos, propriedade do empresário angolano Armindo César. Já tinha feito o check-out e tudo, de malas feitas para mais um regresso a Luanda e, segundo fontes próximas do Clube 1º de Maio, rumar para Portugal, já que o Girabola conhecerá um interregno de um mês face às competições da Seleccção nacional para o apuramento ao Mundia de 2010 na (xenófoba) África do Sul. Mas voltou lá para cima pegar qualquer coisa e é alí que o elevador faz (muito mal) a sua parte.
Morreu de elevador? Como? Que consequências terá o hotel que até transporta na sua marca o emblemático nome da cidade mãe das cidades (Ombaka)? São perguntas que ficavam por responder, até abrandar o choque ou serem engolidas pela lei do esquecimento.
Enquanto isso, rumores sobem de tom sob duas versões: (1) que ao entrar ao compartimento não notou que a base não estava; (2) o cabo rebentou, mas a confirmação, esta, ninguém trazia à tona. A única fonte a quem se podia recorrer era a Direcção do 1º de Maio de Benguela, mas, para os benguelenses atentos, tal confirmação viria romper com o secretismo em volta das negociações. Com a Rádio Benguela, que sempre teve facilidades de penetrar nos bastidores do Estrela Clube 1º de Maio, algo de estranho se estava a passar, só assim se justificava tanto silêncio inoportuno.
Ao anoitecer, o Telejornal da TPA "brinca" com os angolanos atirando a seco e frio "Acidente trágico em Benguea, Carlos morre num acidente com elevador no Hotel M'ombaka", e nada mais foi dito.

2ª feira, 02/06, ao passar pelo Hotel, por volta das 12h, muito pranto no rosto de parentes e amigos do falecido vindos de Luanda. Nenhum movimento de estranho a notar, como era de esperar relativamente ao funcionamento do Hotel. Como se diz por aí "tipo nada!". Confirma-se isso mesmo com um "batalhão" de Nissans envolvidos no Raid Kwanza-Sul. À tarde, já no aeródromo da Catumbela, é visivel o cenário fúnebre. Homens de luto, entre eles as principais fuguras do futebol e mundo empresarial angolanos, camioneta funerária com o professor Alhinho, emudecido pela fatalidade e mansino no inteior da tábua, reduzido a "simples" corpo. O voo da Taag com destino à Ilha do Sal tarda chegar.

De noite, e fica por saber se é de se dizer "mais vale tarde que nunca" ou então "tarde e má hora", surge na peça de reportagem da TPA o ilustre Carlos Gregório dizendo que a morte interrompe um projecto ambicioso que a direcção do Maio e o finado idealizaram, que não se consusbtanciava apenas no campo do futebol. Daí não terem anunciado o Alhinho como treinador principal.
Que a paz nunca o anbandone!!!
Angodebates
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Acompanhe texto da Angop

"Cabo Verde chocado com morte do treinador Carlos Alhinho em Angola"

Praia, 01/06 - Cabo Verde foi surpreendido na tarde de sábado com a morte trágica e inesperada do treinador Carlos Alhinho, aos 59 anos, na cidade centro-costeira angolana de Benguela, após uma queda do sexto andar de um hotel local, apurou a PANA.A notícia da morte deste homem do futebol, que dias antes tinha passado pela ilha cabo-verdiana do Sal acompanhando a equipa do Benfica de Lisboa então em digressão por Cabo Verde e por Angola, deixou a todos estupefactos e incrédulos perante as circunstâncias em que o malgrado perdeu a vida.
A morte de Carlos Alhinho, muito popular no arquipélago, causou profunda tristeza nos meios desportivos e não só, sobretudo na sua ilha natal, São Vicente, onde nasceu a 10 de Janeiro de 1949.O falecido é seguramente um dos nomes mais sonantes do desporto cabo-verdiano de todos os tempos.
O antigo futebolista internacional, que tinha também a nacionalidade portuguesa e que fez grande parte da sua carreira em Portugal, continuou, no entanto, sempre muito ligado à sua terra natal onde fundou, há já alguns anos, uma academia com o seu nome e que funciona como escola de aprendizagem do futebol.Enquanto futebolista profissional, o malogrado foi dos poucos atletas em Portugal a alinhar nos três grandes clubes do futebol português, Sporting, FC Porto e Benfica.

Do seu currículo constam várias presenças na selecção principal portuguesa bem como a conquista de vários títulos de campeão daquele país.Depois de terminar a sua carreira futebolística, que inclui também uma passagem pela Bélgica onde alinhou no Standart de Liége, Carlos Alhinho abraçou a carreira de treinador tendo neste âmbito orientado vários clubes em Portugal, Marrocos, Angola e países do Golfo Pérsico.

Pelo meio, orientou também as selecções de Cabo-verde e de Angola, equipa que conduziu, pela primeira vez, a uma fase final do Campeonato Africano das Nações (1996). Segundo o director do Hotel Mombaka, Valentim Gomes, citado pela Agência Angola Press (ANGOP), o insólito acidente de que foi vítima Carlos Alhinho ocorreu quando o malogrado abriu a porta e entrou para o elevador a partir do 6º andar do edifício, quando na verdade o aparelho se encontrava avariado no rés-do-chão.

A fonte não especificou há quanto tempo o elevador se encontrava avariado, acrescentando apenas tratar-se da primeira situação do género na instituição.Explicou que após a queda, o antigo treinador do Petro Atlético de Luanda e do Atlético Sport Aviação-ASA ainda foi levado à clínica São Filipe, mas que por falta de médicos foi transportado ao Hospital Central provisório de Benguela, onde veio a falecer meia hora depois acometido de um politraumatismo.

Até à data da sua morte, encetava contactos com a direcção da equipa de futebol do Primeiro de Maio de Benguela que recentemente rescindiu contrato com o treinador Rui Teixeira.
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4 Deixe o seu comentário:

Soberano Kanyanga disse...

Lamentável, muito lamentável.E muito ainda terá de se dizer em relação ao estado técnico dos nossos elevadores nos hotéis e noutros locais. Estou lembrado que há 3 ou 4 anos se deu um caso semelhante no agora inexistente edifício da DNIC. Muito se comentou, mas parece que medidas ficaram por tomar. E tudo o vento levou?
Amigo Patissa, quanto à cobrança que fazes, voltarei aos posts.
Um abraço

Anónimo disse...

patissa que e o dono de hotel? e uma entidade privada, governamental ou partidaria? envistiga um pouco e escreve o resultado porque muitos nao gostamos de meia verdade.

Gifted
lundanorte.blogspot.com

Angola Debates e Ideias- G. Patissa disse...

Valeu pelos comentários. Qto à propriedade do Hotel, continuarei ainvestigar, sendo ponto acessente tratar-se da empresa Maboquedo grupo Cesar e Filhos pertencente ao empresário angolano (q anualmente dá prémios aos melhores jornalistas q rondam os USD 50 mil) Armindo César. Contudo, conhecido na praça benguelense pelo silêncio tumular em relação à indminização dos familiares dos atletas da antiga Maboque, equipa de futebol q faleecu em acidente aéreo qdo voltava de uma vitória da provincia do Kunene, na década de 90. Juntos!

Anónimo disse...

coisas q so acontece em angola

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