Existiu um homem chamado Zeca. Zecas há muitos, dirão. Errado! Zeca com a quarta-classe, filho de
primos, pele da cor de tijolo, carapinha de Khoisan, dono de uma vida tonificada no ofício da pesca, torneada pelas ondas do mar desértico traçado a nado de braçadas, esse, não dá direito a duplicados. Por acaso ia escrever muito mais neste feriado de celebrar cada um daqueles nossos entes amados, cujo lugar se mantém vago desde o dia que se mudaram para o outro mundo. Neste dia dos finados, povoa a memória o mano Zeca Nguenhe Víctor, primeiro dos filhos do meu pai, uma alma singular que involuntariamente nos enchia de pânico ao repousar a sua granada na cabeceira quando voltasse do interior, na vigência da guerra naqueles anos 90 (mal vai o mundo que diverge para a bala o cêntimo do pão e do livro). Fiz-te até um bolo, mano, tentei, pela primeira vez. Não ficou é à altura dos teus gostos. “O meu bolo preferido é o que sai massudo”, sempre dizias.
Gociante Patissa | L. | 02 Novembro 2023 | www.angodebates.blogspot.com
2 Deixe o seu comentário:
Amigo Patissa!!!
Sempre operativo e proactivo falando das "coisas da terra".
Abraço
KimdaMagna
Viva, caríssimo amigo KImdaMagna. Forte abraço e tudo de bom
Enviar um comentário