sábado, 17 de setembro de 2022
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» No Dia do Herói Nacional, que pouco acertadamente se reduz à figura de António Agostinho Neto (líder que levou à proclamação da independência de Angola do jugo colonial português), a vênia merecia a todos os nacionalistas e heróis anónimos. Pela parte que me toca, cito Manuel Patissa (pela pide grafado PATIÇA, meu avô paterno e xará) líder religioso da IEA que fez parte dos "indígenas" condenados pela polícia política portuguesa sem julgamento e desterrados para a cadeia de São Nicolau, hoje Bentiaba, de 1961-66.
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1 - Apesar de toda a venalidade e falta de carácter que vemos à nossa volta, a verdade é que os heróis existem mesmo. O seu pai foi um deles. S. Nicolau devia ser o inferno na Terra.
2 - Posso estar muito enganado, mas em 1961 ainda estava em vigor o Estatuto do Indigenato, que só foi abolido logo depois. Ora no "documento" da Torre do Tombo o seu pai é chamado «nacional» e não indígena. Ele é chamado «nacional de raça negra», isto é, devia ser um cidadão nacional de 2.ª. Apesar de tudo, o seu pai devia ter um estatuto superior (um pouco) ao do indígena.
Viva, caro Fernando Ribeiro. Como sempre bem-vindo. Ao longo do processo (5 volumes) há variações de tratamento, ora indígena ora nacional. São Nicolau foi realmente um inferno. GRande abraço
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