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Enquanto
não descola o mestrado, realmente não me importava de fazer uma segunda
graduação, dada a certeza da vocação profissional e a velha aspiração de
valorar a experiência com uma certificação.
A
dúvida que persiste é, no entanto, se haverá um corpo docente
especializado e por isso com autoridade académica para suportar as cadeiras
nucleares ou se serão as licenciaturas norteadas pelo improviso como alma do
negócio. Na hipótese de vingar a segunda, o mais provável é os promotores dos
cursos arregimentarem para a empreitada juristas, historiadores e linguistas,
ramos que têm servido de escape para profissionais de comunicação que optaram
por não migrar para Luanda e Huila, províncias que até então monopolizavam em
termos académicos, à parte as bolsas escassas para o estrangeiro.
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Que
venha o curso e que as gerações mais novas que a minha se empenhem e agarrem a
oportunidade. É que na vigência deste deserto, a muleta consistiu em beneficiar
de seminários e cursinhos intensivos promovidos pela sociedade civil, com a
falida APHA (Associação para a Promoção do Homem Angolano) a liderar e mais
recentemente com as iniciativas do CIB (Clube de Imprensa de Benguela).
Enfim,
como diz o amigo brasileiro Sérgio de Toledo, "melhor tarde do que mais
tarde ainda". Ainda era só isso. Obrigado e votos de boa passagem de ano.
Gociante
Patissa | Benguela, 29 Dezembro 2019 | www.angodebates.blogspot.com
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