Benguela - Os activistas comunitários de organizações da sociedade civil querem criar um programa na Rádio Benguela para a sensibilização e educação permanente das comunidades locais, tendo em conta a prevenção contra o Vih/Sida.
O espaço, de acordo com o consultor do workshop sobre “Advocacia e prevenção contra Vih/Sida”, Gociante Patissa, que falava à Angop, seria gerido pela própria Rádio Benguela, que indicaria um jornalista formado para esse efeito, para uma abordagem mais rigorosa do tema.
Referiu que a nova programação da Rádio Benguela pode favorecer para que a proposta da sociedade para a criação de um espaço de antena seja bem recebida, ajudando a que o debate acerca do Vih seja mais concreto e contribua na diminuição da taxa de seroprevalência da Sida.
Considerou a informação veiculada pela rádio uma “arma potente” na luta contra a Sida, alertando sobre a importância de um programa radiofónico que garanta o êxito dos programas de prevenção contra a doença em Benguela.
Disse que os activistas aperfeiçoaram a estratégia adequada a realidade de Benguela, que passa pelo engajamento dos órgãos de Comunicação Social como parceiros ideais na promoção da luta contra a sida, em vez de serem apenas meios de divulgação.
“Com o fim da guerra no país, assistimos a uma redução gradual da presença de instituições internacionais que financiavam as organizações nacionais engajadas nesta luta”, admitiu, frisando que isso fez com que os espaços de antena para debate e mobilização da sociedade diminuíssem.
Segundo ele, por isto se defende que a abordagem sobre o Vih/Sida seja não somente na perspectiva do facto do dia, mas contínua, ficando a rádio com a responsabilidade de difundir massivamente a situação desse problema de saúde pública, conforme a vivência das comunidades.
Entende ser importante que as rádios estatais assumam cada vez mais o seu papel e tenham também em conta o combate a sida como uma causa relevante, daí que os activistas vão engajar as emissoras a aceitarem criar programas dedicados a abordagem do referido assunto.
Aludiu, no entanto, que os activistas organizados vão avançar com a proposta, contando com o apoio do Conselho Provincial da Juventude, do Programa de Luta contra a Sida e da Direcção da Comunicação Social em Benguela, para dar sustentabilidade ao projecto.
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