Há mais de duas décadas exercendo a mecânica, na cidade do Lobito, Ilídio Cunha, aliás mestre Ilídio, é já uma referência obrigatória que se confunde com uma conhecidíssima marca: Land-Rover. O prestígio de Mestre Ilídio inclui as habilidades como torneiro, electricista-auto e serralheiro. Para muitos que não conseguem custear as manutenções e reparações na representante, “União”, Ilídio é um heróico mecânico de quintal.
Hoje na casa dos cinquenta anos de idade, mestre Ilídio recorda: “iniciei o desejo de ser mecânico aos 13 anos de idade. Meu pai era carpinteiro, andei com ele para aprender mas não estava no meu desejo seguir esta profissão. Então optei pela mecânica. Comecei a aprender na Auto-Obelisco, aqui no Lobito, como bate-chapa, mas também não gostei. Fui para Luanda, fiquei lá um tempo”.
Como muitos, Ilídio deixou-se “corromper” pelas saudades da terra, abandonando a capital do país. “Quando regressei, inscrevi-me na escola Comandante Nzaji, onde fiz o curso de um ano e meio de mecânica. Terminado, consegui emprego na Renault durante cinco anos, Manauto 111. Quando saí dali fui para a Scania, que aqui no Lobito era Manauto 112. As condições também não eram favoráveis, então desisti. E veio o desejo de fazer meus trabalhos por conta própria”.
Em finais da década de 80 viria instalar-se no bairro da Santa-Cruz, onde actualmente reside. “Alguém mostrou-me este lugar, comecei a trabalhar em carros diversos. Mais tarde comprei um Toyota Land Cruiser, o qual vendi. Quis ter Land-Rover porque sempre tive paixão. Eu sabia que é carro de força, transpõe qualquer obstáculo. Foi quando eu comprei um. Andei um tempo com ele, depois vendi-o. Comprei mais outro, fui vendendo e posteriormente comprei um totalmente avariado, fui reconstruindo”.
Aquilo que um dia começou com intervenções paliativas de curioso ante as avarias do seu carrito viria resultar numa especialidade, ou melhor, uma raridade, Land-Rover. Há mesmo quem acredite profundamente que não há carro sem solução, desde que entregue em mãos certas, ou seja, as do mestre Ilídio. A sua viatura pessoal, que reconstruiu, digamos, peça sobre peça é também da marca... Land-Rover, ora pois. “Reconstruí-o lá vão três anos, ainda permanece um mimo. E para estar onde está…” (a frase é completada por um misto de sorriso e uma entoação arrancada do fundo da emoção). E remata: “é a minha paixão pelos Land-Rovers”.
Mestre Ilídio gostaria de ter um Toyota, desde que todo o terreno, sendo o Hilux a preferência em função do design. “Já tive um anteriormente e gosto, é moderno”.
Mais do que um quintal, Ilídio Cunha possui um recanto místico que lhe permite exercer a profissão e forjar mecânicos do futuro, os seus filhos. Outra curiosidade: há coisa de três anos, surpreendeu a vizinhança ao reconstruir carcaça de mini-autocarro, que hoje faz serviço de táxi na rota Benguela-Luanda. E tão fértil é a mecânica de mestre Ilídio, que galinhas procriam na carroçaria de uma viatura que aguarda reparação.
Já a terminar a conversa, no seu jeito pausado e simpático, mestre Ilídio confidenciou-nos que se tem conseguido adaptar aos Land-Rovers modernos, a exemplo da frota dos administradores. Só não ousaria tocar nos “electrónicos de caixa automática”, sendo ele humilde, competente e com noção dos seus limites.
Hoje na casa dos cinquenta anos de idade, mestre Ilídio recorda: “iniciei o desejo de ser mecânico aos 13 anos de idade. Meu pai era carpinteiro, andei com ele para aprender mas não estava no meu desejo seguir esta profissão. Então optei pela mecânica. Comecei a aprender na Auto-Obelisco, aqui no Lobito, como bate-chapa, mas também não gostei. Fui para Luanda, fiquei lá um tempo”.
Como muitos, Ilídio deixou-se “corromper” pelas saudades da terra, abandonando a capital do país. “Quando regressei, inscrevi-me na escola Comandante Nzaji, onde fiz o curso de um ano e meio de mecânica. Terminado, consegui emprego na Renault durante cinco anos, Manauto 111. Quando saí dali fui para a Scania, que aqui no Lobito era Manauto 112. As condições também não eram favoráveis, então desisti. E veio o desejo de fazer meus trabalhos por conta própria”.
Em finais da década de 80 viria instalar-se no bairro da Santa-Cruz, onde actualmente reside. “Alguém mostrou-me este lugar, comecei a trabalhar em carros diversos. Mais tarde comprei um Toyota Land Cruiser, o qual vendi. Quis ter Land-Rover porque sempre tive paixão. Eu sabia que é carro de força, transpõe qualquer obstáculo. Foi quando eu comprei um. Andei um tempo com ele, depois vendi-o. Comprei mais outro, fui vendendo e posteriormente comprei um totalmente avariado, fui reconstruindo”.
Aquilo que um dia começou com intervenções paliativas de curioso ante as avarias do seu carrito viria resultar numa especialidade, ou melhor, uma raridade, Land-Rover. Há mesmo quem acredite profundamente que não há carro sem solução, desde que entregue em mãos certas, ou seja, as do mestre Ilídio. A sua viatura pessoal, que reconstruiu, digamos, peça sobre peça é também da marca... Land-Rover, ora pois. “Reconstruí-o lá vão três anos, ainda permanece um mimo. E para estar onde está…” (a frase é completada por um misto de sorriso e uma entoação arrancada do fundo da emoção). E remata: “é a minha paixão pelos Land-Rovers”.
Mestre Ilídio gostaria de ter um Toyota, desde que todo o terreno, sendo o Hilux a preferência em função do design. “Já tive um anteriormente e gosto, é moderno”.
Mais do que um quintal, Ilídio Cunha possui um recanto místico que lhe permite exercer a profissão e forjar mecânicos do futuro, os seus filhos. Outra curiosidade: há coisa de três anos, surpreendeu a vizinhança ao reconstruir carcaça de mini-autocarro, que hoje faz serviço de táxi na rota Benguela-Luanda. E tão fértil é a mecânica de mestre Ilídio, que galinhas procriam na carroçaria de uma viatura que aguarda reparação.
Já a terminar a conversa, no seu jeito pausado e simpático, mestre Ilídio confidenciou-nos que se tem conseguido adaptar aos Land-Rovers modernos, a exemplo da frota dos administradores. Só não ousaria tocar nos “electrónicos de caixa automática”, sendo ele humilde, competente e com noção dos seus limites.
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Gociante Patissa, Lobito, Setembro 2009
2 Deixe o seu comentário:
Olá Amigo Patissa,
Que saudade!
Já saiu do estado de coma o teu PC?
Espero que sim!
Bom..., gostei muito do teu trabalho..., excelente, como sempre!
E achei muito original o capoeiro das galinhas na carroçaria da viatura!
Um beijo enorme e espero que o próximo trabalho não demore tantos dias como este!
Bom fim de semana!
Caixas automáticas com controle eletrônico não são fáceis de fazer a manutenção.
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