O nosso exemplo de batalhador é uma jovem de 28 anos. De seu nome completo Maria Dumbo Casseque, ou Mita para os mais chegados, é das pessoas que contornam obstáculos desde cedo, superando as controvérsias da vida através de difíceis decisões. Inteligente quanto baste, tem um aspecto franzino que faz lembrar a máxima “a grandeza está na pequeneza”.
Mita e o Instituto Superior de Ciências de Educação (Isced), em Benguela, têm uma ansiedade comum. Enquanto o Isced se prepara para lançar os primeiros licenciados do ensino pós-laboral, Mita prepara a festa. Ela aguarda pela defesa da tese no curso de geografia, um desafio iniciado em 2003.
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«Mais tarde surgiu, como somos os fundadores do regime pós-laboral, a chance de, quem não tinha sido admitido no período regular, fazer a inscrição - mas tinha que ser no mesmo curso em que tivesse tentado. Já não havia vaga para o curso de Psicologia, mas havia apenas para Matemática e Geografia. E eu escolhi Geografia», lembrou.
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Maria Dumbo Casseque é também professora. «Lecciono o primeiro ciclo, isto é, secundário na época de reforma. No regime vigente seria terceiro nível, que é a sétima e oitava classes», esclareceu, para adiante referir que gosta da profissão, mas o sonho inicial era outro. «Antes, muito antes mesmo, gostaria de ser uma enfermeira. Não consegui entrar ao IMS [Instituto Médio de Saúde]. Consegui na Educação e aqui estou», revelou.
Mita já tinha o ensino médio concluído quando se tornou professora. «Os momentos difíceis, para mim, digo que foram poucos. Já, antes de ser professora, fui trabalhando com pessoas ou crianças de rua, lá no Projecto Omunga, que me ajudou muito a me relacionar com crianças e pessoas de diferentes tipos», garantiu.
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Tudo dá-se em 2003, ano em que Mita ingressou na função pública, abraçou a Universidade e trabalhava como educadora social de ONG angolana. Mais uma decisão difícil foi tomada, abdicar a ONG. «Não me foi possível aguentar os três compromissos. Estava mesmo a prejudicar-me tanto, que preferi eliminar um lado».
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Estudante nocturna, sem transporte próprio e a morar no morro da Kalumba, Mita teve várias dificuldades. Sabe-se que entre Lobito e Benguela ficam trinta quilómetros de escuridão e riscos.
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«Durante os quatro anos de curso, fui enfrentado algumas dificuldades. Primeiro, foi a questão financeira, como professora a depender de mim própria. O que ganhava só dava para pagar propinas [10 mil e 800 kwanzas, equivalente a USD 150], mas eu fui lutando para pelo menos eliminar todas as disciplinas. A outra dificuldade foi a distância, nisto podemos incluir também o transporte», recordou.
Mita e o Instituto Superior de Ciências de Educação (Isced), em Benguela, têm uma ansiedade comum. Enquanto o Isced se prepara para lançar os primeiros licenciados do ensino pós-laboral, Mita prepara a festa. Ela aguarda pela defesa da tese no curso de geografia, um desafio iniciado em 2003.
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«Mais tarde surgiu, como somos os fundadores do regime pós-laboral, a chance de, quem não tinha sido admitido no período regular, fazer a inscrição - mas tinha que ser no mesmo curso em que tivesse tentado. Já não havia vaga para o curso de Psicologia, mas havia apenas para Matemática e Geografia. E eu escolhi Geografia», lembrou.
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Maria Dumbo Casseque é também professora. «Lecciono o primeiro ciclo, isto é, secundário na época de reforma. No regime vigente seria terceiro nível, que é a sétima e oitava classes», esclareceu, para adiante referir que gosta da profissão, mas o sonho inicial era outro. «Antes, muito antes mesmo, gostaria de ser uma enfermeira. Não consegui entrar ao IMS [Instituto Médio de Saúde]. Consegui na Educação e aqui estou», revelou.
Mita já tinha o ensino médio concluído quando se tornou professora. «Os momentos difíceis, para mim, digo que foram poucos. Já, antes de ser professora, fui trabalhando com pessoas ou crianças de rua, lá no Projecto Omunga, que me ajudou muito a me relacionar com crianças e pessoas de diferentes tipos», garantiu.
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Tudo dá-se em 2003, ano em que Mita ingressou na função pública, abraçou a Universidade e trabalhava como educadora social de ONG angolana. Mais uma decisão difícil foi tomada, abdicar a ONG. «Não me foi possível aguentar os três compromissos. Estava mesmo a prejudicar-me tanto, que preferi eliminar um lado».
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Estudante nocturna, sem transporte próprio e a morar no morro da Kalumba, Mita teve várias dificuldades. Sabe-se que entre Lobito e Benguela ficam trinta quilómetros de escuridão e riscos.
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«Durante os quatro anos de curso, fui enfrentado algumas dificuldades. Primeiro, foi a questão financeira, como professora a depender de mim própria. O que ganhava só dava para pagar propinas [10 mil e 800 kwanzas, equivalente a USD 150], mas eu fui lutando para pelo menos eliminar todas as disciplinas. A outra dificuldade foi a distância, nisto podemos incluir também o transporte», recordou.
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A estudante e professora, Maria Dumbo Casseque “Mita”, até já pensa em fazer o mestrado! E como é sonho de qualquer mulher, diz ela, espera um dia ser mãe. Até lá, fica a satisfação de ver sonhos alcançados. «Ah, foi muito bom! Foi difícil, né?, mas agora digo que foi bom. Porque, tem-se dito, depois da tempestade vem a bonança», concluiu.
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Recorde-se que a rubrica “Nossa Homenagem” é oferta do programa de mesa redonda radiofónica, “Viver para Vencer”, uma produção da ONG angolana Associação Juvenil para a Solidariedade (AJS), às terças-feiras, das 17-18h30, através da Rádio Morena Comercial (97.5FM), cobrindo as cidades de Lobito, Benguela e Baia Farta.
........................................AJS – “A cidadania é resultado de um exercício permanente de Educação e Comunicação”. (GP)
Recorde-se que a rubrica “Nossa Homenagem” é oferta do programa de mesa redonda radiofónica, “Viver para Vencer”, uma produção da ONG angolana Associação Juvenil para a Solidariedade (AJS), às terças-feiras, das 17-18h30, através da Rádio Morena Comercial (97.5FM), cobrindo as cidades de Lobito, Benguela e Baia Farta.
........................................AJS – “A cidadania é resultado de um exercício permanente de Educação e Comunicação”. (GP)
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