Na semana do dia de São Valentim
Sociedade debate sobre saúde sexual e reprodutiva para jovens e adolescentes
Não podia ser diferente para uma sociedade que tem os problemas que a nossa tem. É necessário que os comerciantes ponham à disposição dos apaixonados produtos que completem o lado material da necessidade de dar uma prenda a quem se ama, com todo o romancismo (nalguns casos até, fingimento e cinismo) que isso implica. O 14 de Fevereiro é um dia especial. Mas é também em dias especiais que, às vezes, se criam ambientes que fomentem erros, nalguns casos fatais, quando a emoção acaba por suplantar a razão.
Como prenda aos “aniversariantes”, o programa “Viver para Vencer” agendou para debate o tema “saúde sexual e reprodutiva de jovens e adolescentes”. Pretendia-se, em uma hora e meia, aproveitar a ânsia do dia dos namorados para acentuar o alerta da juventude para uma sexualidade responsável.
Presentes à sessão conjunta de reflexão social estiveram representados o Departamento de Saúde Reprodutiva, a Maternidade do Lobito, a Cruz Vermelha de Angola e ainda a AJS. Começando por analisar a forma como se valoriza excessivamente o lado material das prendas, a ponto de muitas vezes custar o corpo e a dignidade de muitos jovens, os presentes não deixaram de reconhecer que este é somente um dos vários problemas da nossa sociedade.
A participação de cidadãos ao telefone, numa média de oito, emprestou maior dinâmica e debate de ideias.
O desempenho da família, enquanto primeira instituição no processo de socialização, foi apontado como deficitário. “Não se fala da sexualidade no círculo familiar”, lembrou o representante da AJS, socorrendo-se dos resultados de um inquérito realizado em finais de 2005.
Mas o principal factor dos erros com a sexualidade, na visão da representante da Direcção provincial da saúde é ainda a falta de informação. “Muitos adolescentes sentem que já estão preparados para a vida, quando na realidade não é bem assim”.
A influência da globalização e a (ainda) fraca cultura de filtrar as influências do mundo ocidental, foram também denunciados.
Enquanto para uns as telenovelas são de negativa influência, pela forte capacidade de inculcar valores que muito pouco têm a ver com a vivência africana, outros contestavam. Defendiam ser obrigação da sociedade ajudar os seus filhos a saberem separar o bom e o mau, não sendo justo desta forma ignorar os aspectos positivos, entre os quais o desenvolvimento da cultura geral.
E com que idade é que os angolanos iniciam a actividade sexual? A essa questão os participantes ao debate denotaram alguma apreensão em responder, dada a sua sensibilidade. Entretanto, lamentou-se haver quem inicie aos dez anos. E as consequências são aquelas que só não vê quem não o pretenda.
Julieta Condumula, representante da Maternidade, mostrou-se preocupada pela considerável frequência daquela instituição de jovens e adolescentes gestantes ou mães prematuras.
Paulino Handa, jovem do Lobito, ouvinte assíduo do Programa “Viver para Vencer”, interveio ao telefone. Em seu entender uma das formas de ajudar a juventude passaria pela promoção de acções formativas informais, tais como debates e programas radiofónicos abordando temas tão importantes como este.
E várias outras sugestões foram registadas, no sentido de reagendar o tema. Assim será!
Refira-se que o aludido programa radiofónico é uma oferta conjunta do Projecto “Palmas da Paz-pacificação cidadania e prevenção de conflitos”, e do Projecto “Viver Contra a SIDA-3”.
Sociedade debate sobre saúde sexual e reprodutiva para jovens e adolescentes
Não podia ser diferente para uma sociedade que tem os problemas que a nossa tem. É necessário que os comerciantes ponham à disposição dos apaixonados produtos que completem o lado material da necessidade de dar uma prenda a quem se ama, com todo o romancismo (nalguns casos até, fingimento e cinismo) que isso implica. O 14 de Fevereiro é um dia especial. Mas é também em dias especiais que, às vezes, se criam ambientes que fomentem erros, nalguns casos fatais, quando a emoção acaba por suplantar a razão.
Como prenda aos “aniversariantes”, o programa “Viver para Vencer” agendou para debate o tema “saúde sexual e reprodutiva de jovens e adolescentes”. Pretendia-se, em uma hora e meia, aproveitar a ânsia do dia dos namorados para acentuar o alerta da juventude para uma sexualidade responsável.
Presentes à sessão conjunta de reflexão social estiveram representados o Departamento de Saúde Reprodutiva, a Maternidade do Lobito, a Cruz Vermelha de Angola e ainda a AJS. Começando por analisar a forma como se valoriza excessivamente o lado material das prendas, a ponto de muitas vezes custar o corpo e a dignidade de muitos jovens, os presentes não deixaram de reconhecer que este é somente um dos vários problemas da nossa sociedade.
A participação de cidadãos ao telefone, numa média de oito, emprestou maior dinâmica e debate de ideias.
O desempenho da família, enquanto primeira instituição no processo de socialização, foi apontado como deficitário. “Não se fala da sexualidade no círculo familiar”, lembrou o representante da AJS, socorrendo-se dos resultados de um inquérito realizado em finais de 2005.
Mas o principal factor dos erros com a sexualidade, na visão da representante da Direcção provincial da saúde é ainda a falta de informação. “Muitos adolescentes sentem que já estão preparados para a vida, quando na realidade não é bem assim”.
A influência da globalização e a (ainda) fraca cultura de filtrar as influências do mundo ocidental, foram também denunciados.
Enquanto para uns as telenovelas são de negativa influência, pela forte capacidade de inculcar valores que muito pouco têm a ver com a vivência africana, outros contestavam. Defendiam ser obrigação da sociedade ajudar os seus filhos a saberem separar o bom e o mau, não sendo justo desta forma ignorar os aspectos positivos, entre os quais o desenvolvimento da cultura geral.
E com que idade é que os angolanos iniciam a actividade sexual? A essa questão os participantes ao debate denotaram alguma apreensão em responder, dada a sua sensibilidade. Entretanto, lamentou-se haver quem inicie aos dez anos. E as consequências são aquelas que só não vê quem não o pretenda.
Julieta Condumula, representante da Maternidade, mostrou-se preocupada pela considerável frequência daquela instituição de jovens e adolescentes gestantes ou mães prematuras.
Paulino Handa, jovem do Lobito, ouvinte assíduo do Programa “Viver para Vencer”, interveio ao telefone. Em seu entender uma das formas de ajudar a juventude passaria pela promoção de acções formativas informais, tais como debates e programas radiofónicos abordando temas tão importantes como este.
E várias outras sugestões foram registadas, no sentido de reagendar o tema. Assim será!
Refira-se que o aludido programa radiofónico é uma oferta conjunta do Projecto “Palmas da Paz-pacificação cidadania e prevenção de conflitos”, e do Projecto “Viver Contra a SIDA-3”.
Gociante Patissa (Boletim "A Voz do Olho-AV-O", propriedade da AJS - Associação Juvenil para a Solidariedade)
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