quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
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Administração municipal quer nos matar!!!
Ao Jornal KESONGO
Prezado Director, Ramiro Aleixo (ramiroaleixo1@hotmail.com)
Benguela, primeira quinzena de Janeiro 2007
Queiram aceitar mais uns cumprimentos de mais um cidadão que, há algum tempo, acompanha o Projecto Editorial que o senhor dirige, e, consequentemente, admirador dos seus valores individuais – o que aliás, para quem vive há alguns anos por Benguela, não é senão uma referência obrigatória.
Sou dos que acham que o homem é aquele que defende seus ideais. Embora admirem a sua coragem e a frontalidade “numa província amordaçada em matéria de informação”, como o caracteriza a sua nota de editor da 1ª quinzena de Janeiro, ainda acho que dá muito destaque à “matéria Rangel”. E como nunca aparecem fontes identificadas, nem há reacções, pode-se aventar um “ajuste de contas pessoal” (sem querer indiciar juízo de valor, também não sou daqueles que iludem com elogios. Acho que lhe devia isso).
Mas o que me leva a escrever-lhes é uma situação triste a que os moradores do bairro da Santa-Cruz, no Lobito, são obrigado a suportar. É que desde que a nova administração tomou posse, a “boca” da ponte que dá ao estádio do Buraco passou a ser o ponto de depósito do lixo de toda da cidade, onde os camiões da Administração municipal são os que com frequência mais imundice trazem. Infelizmente é um lugar “escondido”, num bairro sem figuras nem eventos. O triste mesmo é que o local se tornou num foco frequentado por adultos que garimpam o lixo na esperança de achar algo de valor, enquanto que as crianças seguem os passos.
A lixeira não é nova, mas o crescimento se intensificou, e o nosso bairro de repente se tornou no “avesso” da higiene e respeito que o centro da cidade apresenta. Para muitos moradores, o melhor é fingir que nada estão a ver, mesmo que seja impossível, já que o lixo é arrastado pelo vento e a fumaça, quando se lembram de o fazer, é irregular.
Como poderá ver na carta em anexo, uma tentativa (individual) de contactar o Senhor Administrador, no sentido de recorrer à sua boa fé, ou não foi tida em conta ou a decisão é por demais burocrática. A carta foi entregue no dia 23 de Agosto de 2006, na qual solicitava a extinção da lixeira como prenda de aniversário da cidade. Depois de ouvir o “está entregue” na recepção da Administração Municipal, se acendia uma esperança de que o convívio com o lixo findaria… mas foi ilusão.
Venho assim, num gesto de risco, recorrer ao Vosso jornal, tanto para reiterar a minha preocupação face a eventuais doenças, sobretudo nesta fase de chuvas, como também solicitar que contribuam para a extinção de lixeira da ponte do Estádio do Buraco. Não vi o código de postura, mas acho que o lugar do lixo é bem longe, enterrado ou queimado.
Atentamente,
D. Gociante Patissa. (Carta publicada na edição referente a 2ª quinzena 2007 sob o título "Lobito, Bairro da Santa-Cruz Transformado em aterro do lixo urbano)
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