terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Diz BASTA ao RACISMO em ANGOLA

Olá a você amigo e leitor do Angola, Debates e ideias! Recebemos um email solicitando nossa contribuição no sentido de divulgar mais uma iniciativa de mobilização patriótica contra o racismo, conforme o texto que se segue:

«Angolanos e Angolanas,Consequência dos últimos comentários e das últimas conversas no blog REVOLUCAOEMANGOLA.BLOG.COM , foi escrito um artigo sobre o racismo em Angola no blog. Os membros deste Blog pretendem desta maneira discutir e analisar as origens, causas e consequências do RACISMO em Angola para que juntos possamos arranjar soluções para este assunto que ainda é muito delicado e que tornou-se quase tabu na sociedade Angolana.Angolano visita o blog e vem ajudar a combater esta doença que é o RACISMO em Angola!Paz,REVOLUCAOEMANGOLA.BLOG.COM»
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Discutir o acordo ortográfico em Angola

Publicado pelo Jornal Angolense: http://www.jornalangolense.com/full_index.php?id=2347&edit=471
Autora: Ana Faria


Apartir de Janeiro de 2008, todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deverão passar a adoptar a mesma ortografia, ao abrigo das últimas decisões tomadas para implementação do Acordo Ortográfico. O nosso país é membro desta comunidade e, como tal, vemo-nos abrangidos por essa medida. Daí, é importante que analisemos até que ponto a aplicação das resoluções deste acordo sobre a ortografia da língua portuguesa , a única que nos serve de veículo de comunicação e expressão oficial por todo o território e fora dele , nos traz mais vantagens do que desvantagens quer ao nível institucional, quer ao nível das comunidades e dos indivíduos.
Na base da argumentação para este Acordo pode –se ler que , sendo o português a terceira língua ocidental mais falada depois do inglês e do espanhol, a existência de duas ortografias "atrapalha" a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Por outro lado, advoga-se que a unificação ortográfica facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Se as justificações para as mudanças são estas, não é legítimo perguntar: que tipo de interesses se escondem por detrás destes argumentos, e muito mais quando se sabe que o Brasil é a "potência" que mais vibra e pressiona, com um horizonte de cerca de duas centenas de milhões de falantes? Se as modificações ortográficas propostas no Acordo resultam em 1,6% de alterações para a Língua Portuguesa escrita em Portugal (e, concomitantemente, em Angola) e apenas 0,45% para o Português do Brasil, que impacto terá essa predominância da grafia brasileira no mercado de importação de livros ao nível da CPLP? E em termos de acordos de cooperação entre estados, nomeadamente em matéria de formação de professores de português de que Angola tanto precisa , como vêem os brasileiros este mercado e que vantagens estão já a tirar dele?
O nosso grande problema é que, no nosso país, os técnicos nacionais (somos poucos, sim, mas existimos!) são denegridos a toda a hora em favor de estrangeiros que nem sequer têm a humildade de reconhecer que em Angola também existe massa cinzenta, que tem e produz saber e que não produz mais porque não é devidamente apoiada pelo estado/governo. Trocado em miúdos: o Acordo Ortográfico deveria ter sido discutido e analisado com o concurso dos mais dignos representantes da classe docente que ensina a Língua Portuguesa. Como não o foi, corremos o risco de aplicar resoluções que, na fase actual , poderão atrapalhar (isso sim!) o trabalho dos técnicos angolanos que trabalham com o Português falado e escrito, tentando imprimir-lhe as regras/normas que fazem muita falta a um correcto e eficiente processo de comunicação e expressão pelas comunidades e indivíduos que são daqui, aqui vivem e se reproduzem E PRECISAM DE SE ENTENDER EM PORTUGUÊS.
Por enquanto, limito-me a debitar algumas opiniões avulsas porque estou preocupada com o assunto e tenho responsabilidades na praça. Eu acho que o Português falado e escrito em Angola também reflecte o estado de confusão geral vivido de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste, numa só palavra: ausência de regras, primado do individualismo. Nas instituições do estado é o mesmo português que impera, falado e escrito, hoje, pela grande massa de jovens saídos das escolas e universidades.
O que está a faltar é uma eficiente política de estado para o estudo, a promoção e a difusão da Língua Portuguesa em Angola, sem preconceitos nem subterfúgios. O caminho que devemos percorrer já está traçado: é a constituição de um Português de Angola, autêntico e enriquecido por todas as variantes regionais e idiolectos de que o nosso país multicultural, multiétnico e pluri-linguístico é composto. Tal como o Português do Brasil, o de Portugal, o de Moçambique, o de Cabo Verde, o da Guiné –Bissau, o de São Tomé e Príncipe e o de Timor –leste, todos eles considerados variantes do Português . E isto não é nada de novo: assim como temos as variantes do Inglês da Grã-Bretanha, o inglês americano, o australiano, o sul-africano, o indiano, o paquistanês, etc, etc. Basta consultar um bom dicionário de Inglês monolingue e lá encontraremos especificados todos os registos destas variantes. E o ensino da língua inglesa, para os nativos ou os estrangeiros, em nada viu/vê seu desempenho afectado pelo facto de se escrever "centre"(ing. britânico) ou "center"(ing. americano).
Em conclusão, resta-me dizer que isto é um assunto que merece muito mais discussão por parte de todos os angolanos, primeiro, e depois, por parte de todos os membros da CPLP, a saber, linguistas, professores, deputados, homens e mulheres de cultura, políticos, comunidades e indivíduos, pois só a partir daí poderá o Governo orientar-se no sentido de um traçar de políticas objectivas e coerentes para a implementação do Português de Angola. Isso parece-me ser muito mais importante do que marcar balizas ortográficas com versões brasileiras, nesta fase.
Professora licenciada e profissionalizada para o ensino do Inglês e Português.
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«Língua Portuguesa é património dos Portugueses e de mais ninguém»?

(Voltamos a publicar esta matéria, como forma de contribuirmos para a chamada de atenção perante este assunto que, realçamos, é de capital importância para os lusófonos)
O “maldito” acordo de unificação do português, entenda-se entre as variantes brasileira e portuguesa, tem sido alvo de debates, suscitando tanto críticas recheadas de razão, como alguns dos mais infelizes argumentos. O canal televisivo português “Sic”, no espaço “Opinião Pública”, a 21/12, promoveu um fórum com a presença em estúdio de uma ilustre professora de Língua Portuguesa, contando com a participação de cidadãos de Portugal, Angola e Brasil, entre professores, tradutores e não só. Ficamos, nós os outros, a saber que neste acordo só o Brasil, Portugal e Cabo-Verde foram tidos e achados, «o resto virá por arrasto».
Conservadora e efusiva nos argumentos, a pedagoga vê no “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” uma questão de “lobby” político do Brasil, arrogando-se do simples facto de ter uma população maior (o Brasil tem oficialmente 120 milhões de habitantes e Portugal 11 milhões). Até porque a língua não é estática, o que pressupõe dizer que os brasileiros, que impõem a unificação, estão sujeitos à dinâmica evolutiva da língua e o neologismo continuará a ocorrer. Ou seja, quantos acordos de unificação mais serão necessários?

«É uma questão de facilitismo», considerou a professora que já garantiu não aderir a tal unificação, evocando ainda que a língua portuguesa tem uma origem, o latim, e uma história a respeitar. Ou seja, que o “h” mudo, o “c” (de acção) embora não se pronunciem, têm a utilidade de, não só evitar eventuais confusões com palavras semelhantes, como também ajudarem na entoação. Pelo que, os apologistas deste acordo para o qual nenhum exercício de auscultação pública foi experimentado, «estão a profanar as origens da língua portuguesa», disse.

«Portugal tem figuras da sua história cujo valor é reconhecido pelo mundo, como é o caso de Camões e as suas obras literárias. E, de repente, tudo isso não conta?», questionou. E com elevado pesar, viu-se a docente trazer cá fora os mais íntimos conceitos de património linguístico ao afirmar que «a língua portuguesa é património dos portugueses e de mais ninguém!». Será? Bom, a professora lá terá “bagagem” suficiente para tão arriscada asserção, embora nos pareça egoísta, considerando que, ao longo da história, Portugal e a língua portuguesa cruzaram a vida de muita gente, que se viu forçada a renunciar alguns dos aspectos mais sagrados da sua cultura, não tendo, hoje, língua própria, ou, se a tem, com pouco poder de expressão.

As participações ao telefone sustentaram, na sua maioria, a tese da professora convidada, defendendo que, «se os brasileiros quiserem falar "fato", por exemplo, em vez de "facto", que o façam, já que o acordo privilegia a pronúncia. Agora, forçar os outros, isso é que não!». E quase todos entendiam o acordo como uma vitória brasileira enquanto potência relativamente superior, perante (um) Portugal frágil, com o medo político de perder espaço. Basta ver que a variante brasileira cede apenas 0,5%, enquanto a variante padrão 1,6%. Tanta é a estranheza do acordo que o Brasil já disse que vai avançar com a implementação das propostas, quer Portugal concorde quer não, realçaram ainda os contestatários. «É um tipo de acordo que uma Inglaterra, por exemplo, jamais aceitaria, com todo interesse e respeito que tenha pelos Estados Unidos da América».

Do lado contra, um cidadão brasileiro realçou que o acordo vem acabar com as dificuldades de compreensão enfrentadas por pessoas que falam a mesma língua, reforçando aproximação. A opinião mais radical foi manifestada por um cidadão português que classificou a professora como fazendo parte de uma elite que vê a história como algo estático, que fica escrito em mármore, repugnando termos excessivos como «profanação». A reacção da professora não se fez esperar. Considerou os argumentos como sendo «de baixeza e usados», e deixou bem claro que não vai adoptar a unificação «para não ensinar erros aos alunos!!!».

Em 1911 dá-se a primeira tentativa de unificação ortográfica dos países lusófonos, que fracassou. O primeiro acordo ortográfico entre Brasil e Portugal data de 1931 e não resultou. Em 1945 houve, em Lisboa, um outro acordo, que também não efectivou a unificação, pois foi adoptado apenas em Portugal. O sistema ortográfico vigente no Brasil é de 1943.
Gociante Patissa
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O silêncio que reforça suspeita de sobrefacturação das despesas - INEA “põe água” na estrada Benguela/Lobito

Texto publicado pelo Jornal Angolense
Jornalista: João Marcos, em Benguela

-Afinal, o separador central físico inserido nos dados contratuais revistos, um investimento de 6 milhões e 430 mil Euros, já teria sido equacionado em 2000, ano da consignação do projecto de reabilitação e ampliação do troço rodoviário-João Marcos, em BenguelaEstamos em 31 de Agosto de 2005, data que marcou a apresentação do projecto que proporcionará a via rápida Benguela/Lobito, alterado, entre outros factores não tão relevantes, por imposição do cada vez mais intenso tráfego rodoviário.

É a justificação apontada para o reforço de pavimento e a colocação de um separador central físico (guardas duplas), acções que custarão mais de 13 milhões de Euros, montante acima de 70% do valor inicial, conforme referenciado na nossa edição anterior. Até a alteração do projecto, consumada em meados de 2007, o valor com o qual se presumia terminar a obra era de 19 milhões de Euros, tal como avançou, há pouco mais de dois anos, no acto de apresentação dos principais aspectos técnicos da empreitada, o director-geral do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Joaquim Sebastião.

Na altura, estamos lembrados, o responsável preferiu destacar as quatro faixas de rodagem, cinco estruturas, entre as quais duas pontes, o canteiro central, os 17,6 metros de largura e os 26 quilómetros de comprimento. Chegou a indicar o avançado estado de degradação da ponte sobre o rio Catumbela, prestes a ser substituída por uma outra, como ponto de estrangulamento de uma obra que se pretendia concluída dentro de dois meses.

Uma vez consumada a alteração do projecto, esperava-se que o INEA, na qualidade de dono, viesse à público explicar quais as principais transformações, disse ao Angolense um industrial de construção ligado ao sector rodoviário, o mesmo que se mostrou boquiaberto quanto ao valor decorrente das mudanças operadas. Só há três meses, depois de uma investida do Angolense, é que as cogitações que se ouviam foram confirmadas por fonte oficial, no caso o Engenheiro António Mota, presidente da Mota Engil, a construtora portuguesa que executa os trabalhos de reabilitação e ampliação do troço em referência.

Antes, realce para um prudente pronunciamento do Governador Dumilde Rangel, provavelmente o único digno de algum relevo, segundo o qual o elevado nível freático da área exigia muita paciência. Fonte ligada ao empreiteiro, conhecedora profunda do dossier, confidenciou ao Angolense que o silêncio do INEA quando chamado a prestar os esclarecimentos que se impunham acaba por dar consistência às alegações de sobrefacturação das despesas e jogo de interesses pelo meio. Tal como procedeu na altura da apresentação do projecto inicial, o Instituto Nacional de Estradas deveria ter falado das alterações e do tempo que será necessário para o térmo da obra, sublinham os nossos interlocutores. "A evidência de sobrefacturação das despesas é tão visível que até alguns técnicos da própria empresa fiscalizadora, a AFRICON, ficaram admirados quando confrontados com os mais de treze milhões de Euros de acréscimo", sublinhou.

Em relação ao atraso da obra, oficialmente justificado com a alteração do projecto e a escassez de betume no mercado angolano (roubou quatro meses úteis de trabalho), importa mencionar as limitações técnicas apresentadas pelo empreiteiro no início da obra como sendo outro factor a ter em conta. Unânimes, o INEA e o fiscal, empresa sul-africana, acreditam na conclusão do projecto dentro do primeiro semestre deste ano, ao passo que António Mota, certamente mais cauteloso, fala em finais de 2008.

O cerne da discórdia central

O projecto de reabilitação e ampliação da via Benguela/Lobito foi consignado em 2005, cinco anos antes do início dos trabalhos. Nesta altura, segundo as nossas fontes, já o separador central físico (vai custar 6 milhões 434 mil 983, 36 Euros), que agora surge como um elemento chave no projecto revisto, teria sido equacionado. Por outras palavras, fazendo jus às informações que nos foram prestadas, os 19 milhões e 700 mil Euros iniciais, certamente transportados do ano da consignação, bem serviriam para uma via rápida com um separador central (guardas duplas).

Os dados contratuais revistos indicam que a edificação do "separador da discórdia" vai consumir dois meses, sendo que a data de início se mantém indefinida. Um funcionário sénior das Obras Públicas em Benguela, contactado para dissipar eventuais dúvidas, explicou que um canteiro central e um separador central são estruturas diferentes, embora ambas sirvam, em rigor, para separar faixas de rodagem. "Estas estruturas podem coabitar, o que parece ser o caso, mas o canteiro, como diz o nome, tem mesmo o formato de um canteiro, ao passo que o separador é aquela estrutura que se encontra no Rocha Pinto, em Luanda", exemplificou.

Noutra vertente, a consignação da obra, em 2000, não teve em conta o crescente movimento rodoviário que hoje é justificado por dados estatísticos, razão pela qual o dono da obra e o empreiteiro tiveram de optar pelo reforço de pavimento, que custará cerca de 7 milhões de Euros.
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Don Óscar Braga já não é Bispo da Diocese de Benguela

(Na foto, Don Óscar Braga saúda Durão Barroso, personalidade política de refrerência em Portugal e na Europa)

Três décadas depois de ter assumido a diercção da Diocese de Benguela, o Bispo católico Óscar Lino Lopes Braga, ou simplesmente Don Óscar Braga, passa à reforma. Será substituido por Don Eugénio del Alcorsio, que vem de Saurimo.
Óscar Braga já confirmou o facto à imprensa local e enquanto se aguarda pela chegada do substituto e a referida investidura formal, tratou de tranquiizar os fieis, na medida em que "receberão um pastor inteigente, mais jovem e melhor que o anteior", referiu. Don Óscar já anunciou o seu casamente com a província de Benguea, até que a morte os separe. "Se foi aqui que Deus me mandou para servir, aqui hei de ficar até à morte, disse.
Ao mesmo tempo que se anuncia a sua passagem à reforma, também dizem as fontes que Don Óscar será o Administrador da Diocese, uma confusão que se poderá esclarecer quando se efectivar a substituição.
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Eleições: Líder do Pajoca considera abstenção falta de patriotismo

«Apesar de o processo de registo eleitoral ter ultrapassado as expectativas, há um grande receio de que muitos cidadãos venham optar pela abstenção nas próximas eleições», considerou o líder do Pajoca (Partido de Aliança Juventude, Operários e Camponeses de Angola) na província de Benguela, Alegria Agostinho.

Em entrevista à Rádio Morena Comercial (estação privada que cobre os três municipios do litoral de Benguela: Lobito, Benguela e Baia Farta), o líder do Pajoca sublinhou que as eleições são úteis para o fortalecimento da democracia e representam um dever cívico do cidadão perante a pátria, pelo que, «os cidadãs que optarem pela abstenção nas eleições, não estarão a ser patriotas». Tal silogismo mereceu imediata constação de dois cidadãos, por sinal profissionais de informação, que acompanhavam a entrevista, por considerarem que o voto deve ser exercido em consciência, reservando-se o cidadão ao direito à abstenção se for a mais coerente decisão a tomar.

Alegria Agostinho referiu que o seu partido parte confiante na vontade dos cidadãos por uma mudança. Entretanto, não deixou de apelar aos cidadãos por um comportamento ético face ao momento especial que se avisinha, o da preparação e realização das segundas eleições, de modo a evitar experiências amargas de 1992, tais como violência e imaturidade. De resto, uma responsabilidade que passa também por mãos de diversos outros agentes sociais, como as igrejas, a família e a sociedade civi.

O discurso culpabilizador do representante do pajoca, Alegria Agostinho, quanto ao receio de abstenção, não é algo recente aos ouvidos dos benguelenses. Já em 2004, eram atribuidas ao Bispo Católico, Dom Óscar Braga, declarações segundo as quais «não votar é pecado», já que quem não vota viria beneficiar do esforço dos outros. Tais decarações teriam sido aventadas durante um encontro com fiéis no município do cubal.

Por: Gociante Patissa
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Burity da Silva fala fora dos contexto e deixa UNITA indignada VOA

Publicado pelo Angonoticias (http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=18395)

«Os filósofos gregos sempre disseram que depois dos eclipses apareciam sempre fenómenos e aqui no Kuanza-Sul não deixou de se viver esse fenómeno. A UNITA estava aqui a 20 quilómetros em 2000.

É mentira ou verdade? Vocês sabem disso, não sabem? Começamos a acabar com a guerra precisamente com o eclipse. A UNITA foi empurrada lá para os confins e podemos começar a trabalhar. Hoje estamos a inaugurar escolas-extras, amanhã com certeza vamos inaugurar escolas maiores».

Foi dessa forma que o ministro da Educação, António Burity da Silva (na foto), se dirigiu a cerca de duas centenas de pessoas dentre membros do governo, políticos, educadores, educandos e encarregados de educação no acto de inauguração do Iº Instituto Médio Politécnico na cidade do Sumbe.

Um dos renomados docentes da cadeira de psicologia contactado a respeito de tal pronunciamento, considerou-o de «baixo e cheio de emoções do passado o que em nada contribui para educação das gerações futuras pois no momento não era salutar proferir palavras de género sabendo que centenas de crianças estavam presentes».

Face ao tão grosseiro pronunciamento, o secretariado provincial da UNITA no Kuanza-Sul na pessoa do seu secretário provincial, Amaro Kaimana «Bokeló», em nota de repúdio mostrou a sua posição saudando em primeiro lugar a inauguração do Instituto Politécnico como sendo um ganho de gerações, pois a riqueza do país depende da qualidade dos seus cidadãos.

A UNITA manifestou estranheza, repugnação e surpresa pelo discurso do ministro Burity da Silva que considera de divisionista entre os angolanos.

«Essas declarações do senhor ministro, para além de serem um improviso, foram atentatórias ao espírito de reconciliação nacional que queremos construir e dão claras indicações de alguns círculos do regime de incitarem a divisão e a intolerância política. A UNITA considera que as marcas do conflito armado tiveram uma factura, sendo as causas sobejamente conhecidas pelos verdadeiros angolanos que com o seu suor e sangue souberam trazer a paz à pátria mãe.

De que passado que o senhor ministro fez alusão? sem acautelar a exaltação da educação cívica dos cidadãos que na óptica do governo está só virada para o CAN de 2010 e não para as eleições de 2008 ? culpados somos todos, vítimas somos todos e responsáveis também somos todos. O que atrasou o desenvolvimento do país não é só o passado a que o senhor ministro se refere com muita saudade mas, é também a incompetência e a militanciocracia que atirou para fora os melhores cérebros da pátria, muitos em fuga na diáspora».

O dirigente político apelou aos governantes do país no sentido de traçarem políticas claras para o emprego, a saúde, a educação, a habitação, a água potável, energia eléctrica, salário condigno e aceitação na diferença de factores que permitam a tolerância e a reconciliação nacional, sendo alguns pressupostos essenciais para estabilidade sócio-política do país.

13 Feb 2008, Fonte:VOA
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Uma frase tão curta e tão profunda

"Uma sociedade tem paz (justiça social) quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém, e ninguém for tão pobre que se tenha de vender a alguém".

90% desta frase adaptada foi "roubada" a um comentário de artigo do Club-k sobre a polémica música "Xunuma" que visa o Presidente da República.

(A foto "por detrás das acácias" é da nossa objectiva - Gociante Patissa)
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Tuyoli po kamwe (kulier yove)

Kwakala ulume umue wakuata onjongole yokutela okuvangula oputu. Olonjanja viosi avanjiliya cikolonya lolokalasinya vavangula elimi lyo putu, kutue waye kuasiatele okuitila asangu v’ulamba. Eteke limue vokulia vo “BAR”, yu wayeka oputu yimwe asola calua. Utende apanga wokuti ndona yaye kolongisa oputu, waka ale hati eci nditela oputu yina yofié, ndivanja vo ukai wasesamela. Ceya okulinga okuti, onjanja yosi anena ekamba konjo, pana akuti elivala lyokulia lyapitila ovangula landona yaye hati:

- Ó mulher, mi traz cá a comida e o colher.

Ukai kacolombolokele nda colher yaco onye, puai calingaale ocituwa okuti pokulia te lo’nguto.
Oloneke vipita, eye ulume otongeka lokupinga l’anyami kumosi l’asonjo nda olete akombe:
- Ó mulher, mi traz cá a comida e o colher.

Eteke limwe ukai utue wotokota, okuiya wakwa lokulinga hati:
- Ame vo ndakava…!!! Ove umbulutu yimwe yivi, nye olingila okuti nda olete akombe onditukala “colher”??? Etali vo kacipiti: KOLIER YOVE, KOLIER YA MAMAI YOVE, KOLIER YA PAPAI YOVE, KOLIER YO’KIMBO LYENE!!!!!
- Ulume andi wasaluka, cipopia ndona kacolombolokele. Lakombe vo vasaluka. Ukai yo enda lokulupuka kumosi lokupalamisa:
- NDAKULONGA! KOLIER YOVE! ONDILAVISA, ONDITUKALA… NYE OPOPELA OPUTU YOVE Y’ANIÑA? NDUKUTELEKELA, HANDI OLINGA HETI KOLIER????

(Wasapuilile ko tate Victor Manuel Patissa – eye watula omwenyo epandu-vali kwanyamo k’onyima)
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

(Poesia:) Neste exílio aqui tão perto

Deixo que me julguem
E nada fazendo contra
Neste tempo apressado
Permito que me censurem
Por este “exílio” que escolhi
Aqui tão acessível e de todos tão perto
Mas também tão distante dos sorrisos e apertos…
Já não vejo a recompensa da criançada
Por cada regresso meu ao fim do dia
Como antes, no quintal de adobes da minha mãe

Do novo ano já rasguei Janeiro
E a meio vai Fevereiro
Sinto, no íntimo, o punhal da distância
Das saudades do olhar do meu povo, amigos e família
O telefone, no fundo, não é bastante
Até o meu chá de capim provoca azia

Sei que não apareço
Mas nem por isso das pessoas me esqueço
Cada qual está vivo na (curta) história da minha vida
Para cada alma, a consideração devida
É a vocês que pertenço
Mas se tiver que ser “longe da vista, longe do coração”,
Aceito o preço, então
Porque é simples a questão:
Se apareço, converso
Se converso, me revelo
Se me revelo, desabafo, sonho, lamento
E eu não quero (mais) lamentar
Esperem lá que a nuvem há-de-passar…!

Gociante Patissa
Benguela, 8 de Fevereiro de 2008

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Lar de idosos em Benguela "doa" lição de preservação cultural

Uma lição de preservação de valores culturais através da oralidade, do canto, batuque e dança foi o que a nossa equipa testemunhou no passado dia 22/12, no Lar de idosos, ao Vale do Cavaco, em Benguela, ao cobrir a visita e oferta de bens de primeira necessidade pelo Grupo Teatral Juvenil Esplendor Magnético da Zona-A, Benguela. Os instrumentos musicais acústicos da Terra, à disposição no local, que não nos deixem mentir.

Segundo a Responsável do Lar de idosos, Cecília Muhona, o Beiral de Benguela existe desde 1972 e alberga 85 utentes, mais cinco do que a sua capacidade. Muitos dos idosos são também portadores de deficiência. São velhos de diferentes origens, mas com algo em comum: nenhum foi ao Beiral por vontade própria. «Uns através das igrejas, vizinhos, administrações de zonas e, outros, pelos familiares, que deixaram os seus papás nos nossos portões e nós acolhemos», revelou a Responsável.

Se um velho é biblioteca viva, podemos considerar a nossa como uma sociedade que queima os seus livros, atendendo aos imensos relatos, tristes geralmente, sobre a exclusão familiar de que muitos são vítimas na terceira idade. Os lares ou centros, às vezes, não passam de locais para confinar gente julgada “inútil” pelos próprios descendentes.

Mas o que a nossa equipa de repórteres, constituída por Florentino Calei e Raimundo Bambi, constatou ao cobrir a visita do Grupo Esplendor Magnético ao Beiral do Cavaco contraria a tendência viciosa que publicita centros de idosos como “vaso” para depositar caridade logística, onde os residentes são passivos receptores.Não ignorando as necessidades básicas com vestuário e alimentação, sugerimos sim um outro tipo de abordagem, já que os mais velhos têm também muito, mas muito mesmo a dar. Com a inserção das línguas nacionais no sistema de ensino, por exemplo, que tal estabelecer programas de intercâmbio extra-escolar com alunos? Porque quem pensa que um beiral é local monótono e que velhos afastados do ambiente familiar são inúteis, engana-se redondamente.

Em termos de políticas de estado, o referido Centro é tutelado pela Direcção Provincial da Família, Assistência Social e Antigos Combatentes (Fasac).

O Esplendor Magnético surgiu há sete anos, sob influência de um Padre da Paróquia de Santo Estêvão, ao bairro da Lixeira, cidade de Benguela, que via no teatro uma forma de educação juvenil. Vencedor do Prémio Provincial de Teatro em 2000, o Grupo é pela solidariedade e tem 25 jovens, alguns dos quais com interesse pela criação musical.

Publicado na Edição Nº 11, Deze,bro/07 do Boletim "A Voz do Olho", projecto informativo educativo e cultural da AJS e amigos
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Quando a força para a mudança reside (só) na palavra

Qual é o lugar da palavra, que é o rosto do sonho? Que “as acções valem mais que as palavras”, lá está um ditado que se afigura bastante pragmático na nossa “vida real”. Do jeito: matar a cobra e mostrar o pau. O que se quer hoje (em qualquer parte do planeta) é julgar obras, pensamentos, enfim, a vida, de uma perspectiva de resultados. Ou não seria a nossa era comandada pelos ventos da industrialização e da ciência.

Entretanto, “encaixados” neste paradigma, esquecemo-nos por vezes que as tais “grandes” acções, “brilhantes” pessoas, ou seja, as realizações de modo geral, nascem de sonhos, que mais não são do que a expressão da palavra, livre, viva e ilimitada. E aqui, convenhamos, haveríamos que dizer que mais forte do que as acções só mesmo a palavra (com o poder de vir a ser).

Frequentávamos a iniciação ou a primeira classe ainda no Monte-Belo/Bocoio e ouvíamos com agrado nossa mãe, Emiliana Tchitumba Gociante, dizer: “se você estudar, o governo vai te dar carro”. Podíamos não ter ideia clara de “governo” nem da distância/futuro, mas ter carro era um sonho doce…! Que belas memórias!

Medo da utopia? Que mal tem ela? Como dizia um académico durante um dos debates radiofónicos que realizo, “a utopia é que dá sentido à vida do homem”. Mesmo que custe “aceitar”, despidos da utopia não passaríamos de “máquinas” com os passos, o tempos e as manobras dentro de uma “caixa” rigorosamente esquematizada. A esperança, a mesma que nos faz levantar e sacudir a poeira em cada queda que levamos, é prima-irmã da utopia.

Na década de 90 em que soavam bem alto as armas e o fumo da pólvora espalhava lágrimas por esta Angola, “evadir-se” para o estrangeiro era o sonho de muito boa gente. Como se já não bastasse a guerra, humilhavam muito mais as rusgas e as consequentes corridas fugindo do recolher obrigatório para o cumprimento do serviço militar obrigatório (para aqueles cuja consciência rejeitava entregar-se voluntariamente - e ainda bem que já terminou e o pensamento é reconstruir e desenvolver nosso amado país).

Todo o mundo desejava abandonar Angola o mais rápido possível. Mas o problema começava mesmo pela falta dos “famosos” USD mil e 200 de passagem. “Nós” ambicionávamos ir para além de Portugal, pelo que nos dedicamos ao aprendizado da língua inglesa, recorrendo a gramáticas velhas em qualquer parte (às vezes até recuperando folhas usadas como canudo para venda de ginguba nas praças). É que nem dinheiro para frequentar um curso na “Ciliestre” tínhamos. Não chegamos a sair do país para formação, como tal, mas ganhamos imenso aperfeiçoando “mais uma” língua estrangeira, para além de engrossar a cultura geral (como diz o professor de francês da Universidade Pública, Nzau Suka, “cada língua veicula uma cultura”).

Em 1999, quando frequentávamos o médio ainda, decidimos entre amigos fundar uma Organização humanitária, tendo como principal “combustível”, a capacidade de intervir face aos os imensos problemas sociais. Experiência? Zero! Dinheiro? Quase-nada! Idade? Menos de 22! Depois de mobilizados mais de oito membros e feita a formalização junto do Notário, revelavam-se dois grandes problemas: falta de espaço para reuniões e a recusa de alguns membros em servir algo para fins não lucrativos, numa altura em que ONG era sinónimo de “bwé de Dólares”! “Queríamos agradecer a vossa comparência. Hoje, mesmo depois de pedir a sala, parece que o guarda não trouxe as chaves. Mas isso vai acabar, estamos a lutar para termos já a nossa própria sede/escritório”, era frequente dizermos enquanto líderes da "coisa" (na verdade, a única certeza que tínhamos era a nossa palavra). Contudo, umas ideias somadas a parcerias viriam “oferecer” um escritório alugado em 2001.

Fora disso, a mais “trágica” das palavras foi quando em 2000 tive um “fim-de-contrato” da Sonamet, numa altura em que muito precisava trabalhar, ao ponto de ter desistido de estudar (a proliferação de fotógrafos ambulantes havia feito baixar o meu rendimento enquanto fotógrafo e tive de encostar a milagrosa “cannon” AF-8 do meu irmão Amos Patissa). “Se até aos 35 anos a minha vida não mudar, eu me mato”, desabafava com pessoas mais próximas. Não me lembro de ter visto um rosto indiferente toda vez que o dissesse. Naturalmente, com o trabalho, humildade e empreendedorismo, a página está consideravelmente virada…!

Os meus exemplos não serão os maiores do mundo (logicamente!), mas são os que melhor domino e posso partilhar por enquanto. Não há nada mais forte do que a palavra. Ou, já para meio-termo, a sugestão é de Marcel Proust: “se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos e sim sonhar mais”.

Fica mais um abraço do vosso
Gociante Patissa
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Angola: Igreja Maná responsabiliza ex-dirigente por decreto que proibe actividade no país -Comunicado

Lisboa, 31 Jan (Lusa) - O dirigente máximo da Igreja Maná, Jorge Tadeu, atribuiu hoje a um antigo responsável daquela instituição as responsabilidades pela decisão anunciada pelo governo angolano em decretar o fim das actividades daquela confissão religiosa no país.
"Perante as alegações deste despacho, só me ocorre pensar que serão provenientes do tempo de administração de um antigo mau obreiro que cometeu bastantes irregularidades, dando origem à abertura de um inquérito interno e sua consequente expulsão", lê-se num comunicado da Presidência da Igreja Maná hoje chegado ao principio da noite à Agência Lusa.
"Fui apanhado de surpresa e até me custou a acreditar, porque não tinha conhecimento de que em algum dia tivéssemos sido chamados ou acusados por qualquer motivo", acrescenta Jorge Tadeu, que assina o documento.
Reconhecendo a sua qualidade de dirigente máximo da Igreja Maná Internacional, Jorge Tadeu esclarece que em cada país em que aquela igreja está implantada existe uma "Liderança Nacional".
"Embora eu seja o Presidente da Maná Internacional, e para todos os efeitos tenha de assumir as responsabilidades, a verdade é que em cada país é instituída Liderança Nacional, de preferência com pessoas nacionais, a quem é dada autonomia total, em termos administrativos, legais e financeiros", destaca.
Jorge Tadeu adianta que "face à gravidade da situação" deu já instruções para que os dirigentes da Igreja Maná em Angola "ajam com serenidade", cumprindo "assim os mandamentos de Jesus", peçam ajuda "aos respectivos órgãos do Governo para saber a origem desta situação" e sejam averiguadas as "responsabilidades dentro do (nosso) meio".
"Termino este comunicado dizendo que se por qualquer motivo a falha for minha ou de alguém da actual liderança, seguiremos o mandamento de Deus que é de admitir os erros e pedir perdão", conclui Jorge Tadeu.
A Igreja Maná, com centenas de milhares de fiéis em Angola, viu a sua actividade proibida no país por violar a lei e a ordem pública, segundo um decreto-lei publicado em Diário da República (DR).
Com cerca de 600 mil fiéis em Angola e mais de 500 casas e templos em nove províncias, a Igreja Maná, de origem portuguesa, criada em 1984, em Lisboa, pelo "Apóstolo" Jorge Tadeu, viu anulado o seu reconhecimento pelo governo angolano através do decreto Lei 14/92 no DR nº15, 1ª série, de 25 de Janeiro.
O Diário da República sustenta a decisão de revogação do reconhecimento oficial da Igreja Maná com a conclusão de um processo instaurado pelo Ministério da Justiça em que foram detectadas "violações sistemáticas" da lei angolana e da ordem pública.
EL/RB/NME.
Lusa/Fim
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Angola: Fecho da Igreja Maná por decreto está dentro da legalidade- Jurista

Luanda, 31 Jan (Lusa) - O encerramento por decreto da Igreja Maná, em Angola, por decreto-lei do Ministério da Justiça, não viola a legislação angolana, disse hoje à Agência Lusa o jurista e professor de Direito, João Pinto.

O jurista, que lecciona Direito na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, explica que a revogação do reconhecimento pelo governo de uma igreja é permitido pela Lei 2/2004 de Liberdade Religiosa.

Esta lei, adianta João Pinto, "prevê que as igrejas que não estiverem em conformidade com a lei, que não respeitem os fins pelos quais foram criadas, o respeito da soberania ou pela legalidade podem ver revogado o seu reconhecimento oficial pelo ministro da Justiça".

O também director-executivo da Faculdade de Direito da Universidade Independente de Angola clarifica que "o ministro da Justiça pode revogar (a declaração de reconhecimento público) quando verificar que a instituição violou de forma sistemática o princípio da legalidade previsto na lei de liberdade religiosa".
"Mas o facto de haver revogação não impede que (a Igreja Maná) recorra da decisão. A lei permite que a decisão seja questionada", adiantou. João Pinto lembra ainda que a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, de que Angola é signatária, "não permite a limitação dos direitos das minorias (religiosas)".

A Igreja Maná viu a sua actividade proibida no país por violar a lei e a ordem pública, segundo um decreto-lei publicado em Diário da República (DR).

Com cerca de 600 mil fiéis em Angola e mais de 500 casas e templos em nove províncias, a Igreja Maná, de origem portuguesa, criada em 1984, em Lisboa, pelo "Apóstolo" Jorge Tadeu, viu anulado o seu reconhecimento pelo governo angolano através do decreto Lei 14/92 no DR nº15, 1ª série, de 25 de Janeiro.
O DR sustenta a decisão de revogação do reconhecimento oficial da Igreja Maná com a conclusão de um processo instaurado pelo Ministério da Justiça onde foram detectadas "violações sistemáticas" da lei angolana e da ordem pública.

Uma das polémicas em que a Igreja Maná esteve envolvida foi espoletada em Maio de 2007, quando o Bispo José Luís Gambôa foi suspenso por alegado desvio de fundos que teriam sido doados pela petrolífera Sonangol, com o objectivo de construir uma escola.

No entanto, o Bispo Joaquim Muanda, que substituiu José Luís Gambôa na liderança Maná em Angola, disse publicamente que não havia provas de que esse dinheiro fosse fruto de uma doação da Sonangol, onde o seu antecessor trabalhava.

No entanto, o próprio ex-Bispo Gamboa confirmou na imprensa angolana da altura que a verba em causa, cerca de um milhão de dólares, estava na sua conta bancária pessoal, tendo-o retirado da conta da Igreja.
A justificação para o que fez, segundo o próprio, era impedir que o dinheiro fosse transferido para Portugal, alegando que deveria ser gasto em Angola, onde foi angariado.

Todos os telefones de dirigentes da Igreja Maná para onde a Agência Lusa ligou hoje estavam desligados.
A Igreja Maná está implantada em Angola nas províncias de Benguela, Huila, Huambo, Namibe, Moxico, Malange, Lunda-Sul, Cabinda, Bengo, Cunene e Luanda.

No mundo, a Igreja Maná tem presença em 20 países, uma dezena deles africanos, e propôs-se na génese levar a palavra de Cristo a todos os falantes da língua portuguesa.

RB/NME. (Fonte: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=323681&visual=26&rss=0)

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Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

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Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

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